quinta-feira, 28 de maio de 2009

trilhos urbanos:

o melhor o tempo esconde
longe muito longe
mas bem dentro aqui
quando o bonde dava volta ali

no cais de Araújo Pinho
tamarindeirinho
nunca me esqueci
onde o Imperador fez xixi

cana doce Santo Amaro
gosto muito raro
trago em mim por ti
e uma estrela sempre a luzir

bonde da Trilhos Urbanos
vão passando os anos
e eu não te perdi
meu trabalho é te traduzir

rua da Matriz ao Conde
no trole ou no bonde
tudo é bom de ver
São Popó do Maculelê

mas aquela curva aberta
aquela coisa certa
não dá pra entender
o Apolo e o rio Subaé

pena de pavão de Krishna
maravilha vixe
Maria mãe de Deus
será que esses olhos são meus?

cinema transcendental
Trilhos Urbanos,
Gal cantando o Balancê
como eu sei lembrar de você.


Às vezes acordamos com muitas coisas na cabeça, martelando, exigindo, querendo, tentando. Melhor mesmo é quando não saem, indicando exatamente que caminho seguir.

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