sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ela dizendo

É sutil, distante, ameno até. Mas está lá, se aproximando, e o mais fácil é não saber.

Dá vontade de correr na direção contrária, de apagar coisas, rasgar palavras, molhar os erros até que eles escorram. É meio como sentir medo do que vai acontecer, mesmo nem tendo certeza se a escolha vai doer. É querer desfazer, desconstruir, desdizer. E fingir que acertar é um excelente verbo.


terça-feira, 16 de junho de 2009

para:

Como pode tudo se tornar apenas saudade?

São discos, livros, cores, uma porta, sonhos, sândalo, acordar... De repente nada disso é.


Sorrisinhos ao ouvido, beijo antes de dormir, umas lágrimas partidas: seu, amor, meu.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Chão de estrelas

no meio do tempo, quando nem pude ler, eis:

Deiverson diz:
ah, essa música é linda...
Deiverson diz:
:]
Deiverson diz:
esse trecho é inspirado aqui, ó:
Deiverson diz:
A porta do barraco era sem trinco
Mas a lua furando nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas nos astros distraída
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão.
Deiverson diz:
beijo!


...então:

Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de dourado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guizos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações
Meu barracão no morro do Salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou
Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda, qual bandeiras agitadas
Pareciam estranho festival!
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional
A porta do barraco era sem trinco
Mas a lua, furando o nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas os astros, distraída,
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão



hoje estou reticente.