Por mais madrugadas que tivessem se seguido, era inevitável esperar. O pequeno sopro, vindo de qualquer espaço, trazia um conforto inexplicável. A mecânica das coisas prendia, fixava, encerrava em si mesma aquele desejo que tinha nascido livre. Mas os anos de espera haviam transformado os gestos em súplicas e o coração pulsante agora não passava de restos de sonhos. No entanto, havia o sopro. Aquele instante onde tudo ficava para trás, onde a delicadeza ainda era possível, palpável, real.
Se empanhavam em não significar, mas estavam sempre procurando desculpa qualquer para se verem, e o fato de buscarem aqueles momentos deixava clara a intenção de não se perderem.
Há a razão.
E além dela.
Um comentário:
Olá Amoreca, tudo em paz?
Mais um selinho prá você lá no blog.
Bom domingo.
Xeros
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